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A história da pitoresca Vila Itororó
Após ter passado alguns anos com a família em Portugal, Francisco de Castro retorna ao Brasil para iniciar uma carreira ímpar, inciando na indústria têxtil e se tornando posteriormente um comerciante de café bem sucedido. Adquire alguns terrenos no centro de São Paulo e constrói algumas casas para aluguel.
Dentre esses terrenos estava onde foi construída a Vila Itororó, na época um terreno alagadiço que possuía nascentes que desaguava no Córrego Itororó, canalizado posteriormente e se localiza na Avenida 23 de Maio atualmente.
A Vila foi concebida para ser um conjunto de habitações onde havia uma construção principal conhecida como "Castelo" e mais algumas casas que ali já existiam e foram incorporadas ao projeto.
O Castelo foi construído a partir de partes de demolições de diversos prédios da cidade, o que deu um ar peculiar a toda construção. Junto com essas partes algumas colunas ornamentadas foram construídas para sustentação e decoração do ambiente. Francisco habitou a Vila por alguns anos, alugou as casas e parte do Castelo para famílias de classe média. Faleceu no início da década de 30, depressivo e endividado devido a queda da Bolsa de 1929.
O terreno foi comprado para uma família de Indanhatuba e depois doado a Santa Casa de Indanhatuba na década de 40.
Durante a década de 70, um grupo de arquitetos passa a utilizar o espaço como Centro Cultural, aliando atividades para os residentes e moradores do entorno.
Em 2005 a Vila é tombada como patrimônio histórico da cidade. Já em 2013 inicia-se o processo de restauro do local e todos os moradores, após muita resistência e negociações, são alocados para conjuntos habitacionais próximos a Vila, já que muitos desses moradores lá residiram por anos e não gostariam de deixar a região central da cidade.
O processo de restauração ainda demora, já que é tema de discussão para arquitetos e engenheiros do Brasil inteiro dada a diversidade de materiais e importância histórica para São Paulo. Muito discutido também é o futuro que será dado ao local. Trazer de volta a moradia ou manter somente o centro cultural são os prováveis usos da futura e restaurada Vila Itororó.
Seja como for, as memórias de uma época, dos processo de mudança da cidade e de muitas vidas que passaram pela Vila de alguma forma vem sendo preservada.
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